SÃO JOSÉ




Esposo da Virgem Maria e padrasto de Jesus. Ele figura na infância de Jesus conforme a narrativa de Mateus (1-2) e Lucas (1-2) e é descrito com um homem justo. Mateus descreve os pontos de vista de José e Lucas descreve a infancia de Jesus com José.
José é descendente da casa real de David. Noivo de Maria ele foi visitado por um anjo que informou a ele que ela estava com um filho e que o filho era do "Sagrado Espirito". Ele tomou Maria e a levou para Belém e estava presente no nascimento de Jesus. Avisado de novo, por um anjo das intenções do Rei Herodes José levou Maria e Jesus para o Egito. Eles só voltaram a Nazaré quando outro anjo, apareceu de novo a José, avisando da morte de Herodes. José devotou sua vida a criar Jesus e estava cuidando da ovelhas e de Maria quando os reis magos chegaram. Defendeu o bom nome de Maria e Jesus Deus o chamava de pai e queria ser conhecido como filho de José. Ele levou Maria e Jesus para visitar o templo e apresentar Jesus a Deus no templo. E juntamente com Maria ficou preocupado quando Jesus teria se perdido no templo, isto quando Jesus tinha 12 anos.
A ultima menção feita a José nas Sagradas Escrituras é quando procura por Jesus no Templo de Jerusalem. Os estudiosos das escrituras acreditam que ele já era um velho e morreu antes da Paixão de Cristo. Veneração especial a José começou na Igreja moderna ,onde escritos apócrifos passaram a relatar a sua história. O escritor Irlandês, do nono século Felire de Oengus comemora José, mas veneração a José só se espalhou no 15° seculo. Em 1479 ele foi colocado no calendário Romano com sua festa a ser celebrada em 19 de março. São Francisco de Assis e Santa Teresa dAvila ajudaram a espalhar a devoção, e em 1870 José foi declarado patrono universal da Igreja pelo Papa Pio IX. Em 1889 Papa Leão XIII o elevou a bem próximo da Virgem Maria e o Papa Benedito XV o declarou patrono da jjustiça social. O Papa Pio XII estabeleceu uma segunda festa para São José, a festa de "São José, o trabalhador" em primeiro de maio. Ele é considerado pelos devotos como padroeiro dos carpinteiros e na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um homem velho com um lírio, e algumas vezes com Jesus ensinando a Ele o ofício de carpinteiro.
De acordo com um antiga lenda, Maria e as outras virgens do Templo receberam ordens para retornar a sua casa e se casarem. Quando a Virgem Maria recusou-se, os anciões oraram por instruções e uma voz no Santuário instruiu a eles a chamarem todos os homens que podiam se casar para a Casa de David e para ele deixarem seus cajados no altar do templo durante a noite. Nada aconteceu. Os anciões então chamaram também os viúvos, entre eles estava José. Quando o cajado de José foi encontrado na manhã seguinte coberto de fores (" as flores no bastão de Jesse") a ele foi dito para tomar a Virgem Maria como esposa e a guardasse para O Senhor. Muitas vezes o cajado florido é mostrado como um bastão de lírios        
Outra versão da vida de São José é relatada nos "Atos de São José" que é tido por muitos como sendo apócrifa, mas estudiosos como Origens, Euzébio e São Cipriano fazem referência em suas obras. Nesses "Atos" José  teria se casado jovem e só foi prometido a Maria quando já era viúvo. José teria tido, no primeiro casamento, duas filhas e quatro filhos sendo o caçula chamado Tiago, que Jesus considerava como irmão e com ele teria passado sua infancia e parte de sua adolecência. E Maria achou o menor Tiago na casa de seu pai e este estava triste pela perda de sua mãe e Maria o consolou e o criou. Assim Maria é as vezes chamada de mãe de Tiago. Com o passar dos anos o velho José tinha uma idade bem avançada, mas nunca deixou de trabalhar, nunca sua vista falhou e nunca ficava sem rumo, tonto, e como um rapaz ele tinha vigor e suas pernas e braços permaneceram fortes e livres de nenhuma dor. Quando aproximou-se a sua hora um anjo do Senhor veio até ele e disse a ele que estava para morrer e ele levantou-se e foi para Jerusalém orar no santuário e disse: "O Deus autor da consolação, O Senhor da compaixão, ó Senhor de toda a raça humana, Deus de meu corpo e espirito, com súplica eu Vos reverencio e Ó Senhor e meu Deus, se agora meus dias terminam e eu preciso deixar este mundo, peço a Vós que envie o arcanjo Miguel, o príncipe dos Vosso anjos, e deixe ele ficar comigo e leve minha alma deste aflito corpo sem problemas e sem terror. E José foi enterrado pelos seus amigos e parentes sem o odor dos mortos.
Estaria explicado assim a grande polêmica do "irmão" Tiago que Jesus pediu para tomar conta de sua mãe Maria e deu origem  a várias discussões sobre a virgindade de Maria.
Desse modo os "Acts of Saint Joseph" teem o seu lado positivo e negativo e tem que se ter  cuidado para lê-los assim como os "Acts of Saint Paul".
Sua festa é celebrada no dia 19 de Março.
São José continua sua missão na Igreja por meio de sua poderosa intercessão no céu. Com sua grande dignidade e admiráveis exemplos de virtude continua vivo e atuante.
A glória extraordinária que goza no céu é proporcional a seus méritos e generosa gratidão de Seu Filho que, segundo a intensidade do grande amor do santo, lhe dá uma medida cheia, suma e superabundante em Seu Reino.
O glorioso patriarca é conhecido como o santo de vida oculta e interior, porque não realizando aos olhos do mundo nada de extraordinário, passando despercebido, no interior, onde só foi verdadeiramente grande, é impenetrável ao olhar humano.
São José foi é como um instrumento útil e nobre que se utiliza para o trabalho, mas que depois se deixa de lado, sem reclamar. Sua vocação foi, ao contrário dos profetas e de João Batista, a de ocultar a Luz Divina aos olhos do mundo, até o momento oportuno de Deus quando, então, Ele deveria aparecer.
Os profetas e os apóstolos resplandeceram pela pregação de Jesus Cristo; São José, diferentemente, por toda a vida, teve de proteger e ocultar a divindade do Senhor, e depois se diluir como uma sombra. Isso mostra toda a grandeza do santo, porque era na terra a “sombra do Pai Eterno”, a quem ele substituiu na terra diante do Seu Unigênito encarnado.
Em sua casa habitava o Messias, o Salvador do mundo, o “desejado das nações”; “o mais belo dos filhos dos homens”, como disse o salmista, mas São José nunca disse nada. Nunca se vangloriou disso. Quis sempre se conservar oculto; foi verdadeiramente humilde. E quando vieram os dias gloriosos e cheios de milagres para Jesus, José já não estava neste mundo. Toda a vida do santo foi, portanto, um período contínuo de vida interior. Foi modelo de humildade, a maior das virtudes, aquelas que os anjos maus e Adão e Eva não souberam guardar.
A luz de São José não apareceu aos homens; foi como um suave perfume que todos sentem sem saber donde provém; e continua ainda hoje a perfumar a Igreja de Deus. Eis a sua grandeza, inseparável da própria vocação. Sem isso, não teria valor algum diante dos homens e estaria de mãos vazias diante de Deus; ao contrário, tudo quanto operava o santo era preciosíssimo tesouro para o céu.
A vida interior tem um valor incalculável, por comunicar um valor imenso a tudo quanto fazemos para o Senhor, fazendo-nos superar todas as dificuldades da vida.
A Igreja, além de ter promovido o culto a São José por meio de festas e práticas de piedade, apresenta-o a todos os cristãos como modelo e protetor.

Por: Marcelo da Silva, Noviço Barnabita.

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